Um estudo da OCDE mostra como o avanço da educação faria avançar a produção e as oportunidades para os cidadãos
Cidadãos mais bem educados são mais produtivos, mais adaptáveis a mudanças de cenário, têm mais facilidade para absorver novidades e inovam mais. Isso tudo cria novas oportunidades para que todos, nessa mesma sociedade, prosperem. É difícil, porém, calcular quanto de educação resulta em quanto de enriquecimento. Num estudo apresentado em maio, a Organizacão para a Cooperacão e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) tirou do mundo abstrato a relação entre aumento de escolaridade e aumento de produção.
A análise cruzou múltiplos fatores para mostrar como, a cada ganho de educacão em escala, cresce a projecão do PIB do país — ou seja, surgem novas oportunidades para os indivíduos. “A única forma segura de construir uma economia forte, à prova de intempéries no longo prazo, é assegurando nos cidadãos o desenvolvimento de habilidades sólidas, as técnicas e (as para administrar relações) humanas”, diz Jenny Bradshaw, gerente geral do Pisa, levantamento feito pela OCDE em 70 países para análise de desempenho escolar. “Os ganhos financeiros (a ser obtidos com melhor educação) em países com baixo nível de desenvolvimento é espantoso”, diz.
No Brasil, o impacto seria gigantesco. De acordo com o estudo, a universalização da educação até o fim do ensino médio poderia, entre 2030 e 2095, multiplicar o PIB por sete. Em valores de hoje, os autores do estudo calculam que esse PIB seria 70% superior ao atual.
A OCDE fez projeções de impacto econômico para quatro metas, que podem ser atingidas de forma independente uma da outra, para mais de cem países. A quinta projeção, em que há os maiores ganhos, é feita para países que conseguem universalizar duas das metas: o acesso ao ensino médio e o desenvolvimento de habilidades básicas de conhecimento em leitura, matemática, análise e interpretação de informações. As outras duas metas são: aumentar em 12 pontos a nota geral do país nas avaliações do PISA e assegurar a igualdade de gênero para o acesso à educação em qualquer nível (único quesito em que o Brasil vai bem).
Flávia yuri oshima
Fonte: Época
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