O Brasil perdeu duas posições e ficou em 60º no ranking mundial de educação educação no mundo
Não há saída sem educação de qualidade. A educação é a prioridade. As duas afirmações se tornaram rotineiras entre os políticos e administradores públicos do Brasil. São sentenças verdadeiras, mas a prioridade na educação não passa de uma frase vazia quando o País se defronta com índices internacionais que medem o desempenho dos países na área.
Acaba de ser divulgada preliminarmente a referência internacional mais usada para avaliar a educação no mundo. Trata-se do teste Pisa, cujo objetivo é produzir indicadores para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país preparam seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea.
Elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (O Brasil não é membro da OCDE, mas é considerado como key partner – parceiro-chave), o Pisa observa as competências dos estudantes de 15 anos em leitura, matemática e Ciências, além de coletar informações para a elaboração de indicadores contextuais.
De acordo com os dados divulgados ontem pela OCDE, o Brasil perdeu duas posições e ficou em 60º no ranking mundial de educação que contempla avaliações feitas em 76 países. Trata-se de um dos piores desempenhos, atrás da Tailândia (47º), Irã (51º), Malásia (52º) e dos vizinhos Chile (48º) e Uruguai (55º).
Mais uma vez, um grupo de países asiáticos lidera o ranking. As cinco melhores colocações ficaram com Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan. O desempenho do clube dos cinco deixou para trás todos os países da Europa (a melhor colocada é a Finlândia, em sexto lugar) e potências como os Estados Unidos (28º).
Não há nada de extraordinário no modelo educacional adotado pelos líderes no Pisa. O que lá prevalece é o que os asiáticos denominam de “cultura de responsabilidade” na qual professores, alunos e pais se responsabilizam pela educação, sendo que a sociedade valoriza os professores e as escolas muito mais do que em outras partes do mundo. No entanto, é o caminho oposto do que se verifica no Brasil.
CARTILHA MPT PRÁTICAS ANTISSINDICAIS
SAIBA MAIS |